domingo, 31 de maio de 2009

Bela matéria sobre Consumo da Classe C

31/05/2009

COMO A CLASSE C VIROU A GRANDE VEDETE DO CONSUMO DE TECNOLOGIA E DE MODA E PROVOCOU A EXPANSÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO E LAZER
Jefferson Coppola/Folha Imagem
Alessandra, o marido e o filho, que estudam em instituições particulares, gastam cerca de R$ 900 em mensalidadesde olho neles
por Ocimara Balmant e Rafael Balsemão O motoboy Alessandro Gonçalves, 26, ganha R$ 1.500 por mês e pagou R$ 1.900 por um celular com câmera de alta resolução e 8 GB (gigabytes) de memória.
Na casa de Alessandra Silva, 34, todos estudam: o filho faz a quarta série em escola particular; ela e o marido estão matriculados numa faculdade privada. Mensalidades bancadas por uma renda familiar de R$ 3.500.
Desde 2007, o supervisor Marcos Lima, 36, vai uma vez por ano para o Nordeste de avião.
Danielle Reis, 24, trabalha como supervisora de recrutamento e gasta por mês R$ 800 dos R$ 1.500 do seu salário em roupas.
São quatro amostras de uma parcela de moradores da Grande São Paulo que nos últimos anos chegou ao paraíso do consumo. Eles correspondem a 52,7% da população (eram 42,5% em 2003) e estão na mira de empresas de diferentes segmentos e da publicidade.
Principalmente em tempos de crise, quando mantiveram o seu poder de compra, ao contrário das classes A e B, as mais afetadas pelos abalos na economia mundial. "A classe C está um pouco mais comedida, mas não deixou de comprar", afirma Marco Quintarelli, consultor especializado em varejo.
Conquistar esse público não é tão fácil como se imaginava. Até o começo desta década, as pesquisas sobre os andares de baixo da pirâmide social ainda engatinhavam.
Para ser eficaz, a propaganda dirigida à classe C não deve usar termos em inglês e precisa focar os detalhes técnicos do produto. É um erro não caprichar na apresentação visual, mas nada de exagerar na sofisticação.
"Vender para a classe C não é simplificar o discurso", explica Mari Zampol, da CO.R Inovação, agência de tendências que "mapeou" o comportamento de consumo de famílias paulistanas com renda entre R$ 1.115 e R$ 4.807, universo que compõe a classe C, segundo parâmetros definidos pela FGV. "É preciso descobrir e respeitar seus valores."
O primeiro mito a ser derrubado: não é o mais barato que importa. Trata-se de um comprador informado, que sabe detectar o que é bom e investe pesado se julgar que compensa. Pode gastar em um produto até mais do que ganha.
O motoboy Alessandro ficou "devendo" R$ 400 do salário mensal para comprar um celular N95, da Nokia. Não acha que exagerou. "Com 8 GB de memória e câmera de 5 Mpixels, dá para fazer tudo nele. Só de música, cabem mais de 400", justifica.
Mil e uma utilidadesEnquanto as classes A e B usam mais o celular como telefone, a classe C aproveita e explora todos os seus recursos. A performance do aparelho vira tema de bate-papo. "Cada vez que um modelo novo é lançado, alguém do trabalho compra e não se fala de outra coisa", diz o motoboy. "Todo mundo quer um igual."
É o que Renato Meirelles, um dos sócios da Data Popular, agência de consultoria especializada nas classes C, D e E, chama de "compra por inclusão". "Enquanto a classe A busca exclusividade, a C compra para fazer parte, se sentir incluída."
A inclusão de Alessandro não durou muito. O aparelho top de linha ficou inutilizado ao cair numa poça d’água. Teve de comprar outro mais barato. Pagou R$ 400 pelo atual. "Esse só tem 1 GB de memória, e as fotos não saem tão boas", compara ele, que já planeja trocar o aparelho.
Mão-aberta na compra do celular, Alessandro economiza nos créditos do plano pré- pago. Para fazer contato com o pessoal do trabalho, vai trocando de chip (tem dois) conforme a operadora de quem vai estar do outro lado da linha. Também para baratear o minuto de ligação, todos da família optaram pela mesma empresa de telefonia. A meta do motoboy, agora, é estudar ciência da computação.
Continuar os estudos já é realidade para o casal Alessandra e Altivo Rodrigues, 38. "Todo mundo acorda às 6h. Pegamos os cadernos e vamos para a escola." A rotina da família de Campo Limpo, zona sul, reflete uma mudança de comportamento que começou com o Plano Real. Com o controle da inflação e a possibilidade de planejar a longo prazo, a classe C passou a colocar dinheiro no que, tempos atrás, nem cabia no orçamento.
Para que o filho Arthur, 9, curse a quarta série na Escola Adventista -um dos colégios particulares com mensalidades de cerca de R$ 300 que se multiplicam na periferia de São Paulo-, Alessandra paga R$ 280 por mês.
Para bancar o curso de publicidade dela e o de sistemas de informação do marido no campus Santo Amaro da Uninove, eles desembolsam mais R$ 600. "Antes, todas as fichas eram apostadas no filho. Agora, depois de encaminhá-los, os pais também voltam a estudar", diz a pesquisadora Mari.
Segundo pesquisa da Data Popular, 33% dos 3,9 milhões de crianças que estudam em colégios particulares do país são da classe C, ante 16% da A e 22% da B. No caso das universidades, o chamariz foram as mensalidades a preços populares e a instalação de campi na periferia.
Alessandra e companhia gastam com educação quase um terço da renda. Outros gastos fixos são as prestações do apartamento (R$ 900) e do carro (R$ 700). Acabam de comprar um notebook. Com três estudantes em casa, o computador de mesa era pouco. "Classe C é sinônimo de carteira de trabalho, crédito, computador e casa própria", afirma Marcelo Neri, economista da FGV que coordenou a pesquisa "A Nova Classe Média".
Meu micro, meu mundoNa visão dos especialistas, a classe que está no meio da pirâmide social usa o computador também como fonte de renda. Entre os serviços oferecidos estão impressão de convites de batizado e cardápio de boteco.
Aos poucos, o micro também se torna uma ferramenta de compras, mesmo que o comércio on-line ainda seja visto com reserva pela classe C. O mais comum, por enquanto, é pesquisar na internet e ir diretamente à loja adquirir o produto. "Muitos não arriscam porque não podem tocar", explica Renato, reforçando a ideia de que esses consumidores empregam bem o seu dinheiro. "Não podem errar. O custo do erro é muito mais caro do que para as classes A e B."
A confiança na compra via web cresce aos poucos. Juliano Souza, diretor de marketing da Novaflor, floricultura on-line com foco na classe C, comemora o crescimento de 173% no faturamento da loja em 2008. Ele conta que, na primeira compra, o cliente costuma preferir o boleto bancário, por temer clonagem de senhas ou golpes. Só depois de verificar que o produto chegou, perde o receio. "A partir daí, começa a usar o cartão de crédito", diz Juliano.
O encarregado de logística Marcos perdeu o medo do comércio eletrônico. Compra lazer pela internet, um segmento que também ganha contornos peculiares quando associado à classe C. As viagens de avião, antes luxo dos mais ricos, se tornaram acessíveis com as empresas aéreas de baixo custo e o parcelamento.
Este ano será o terceiro consecutivo que Marcos visitará os familiares em Afogados da Ingazeira, no sertão de Pernambuco. A viagem até Recife, que demorava três dias e duas noites de ônibus, será feita em três horas.
Para conseguir o melhor preço, passa madrugadas conectado, garimpando passagens por até R$ 200. Compra em dez pagamentos. Quando acaba de quitar um bilhete, começa a pagar outro. "Cada nova viagem, uma nova dívida", brinca ele, que, junto com a mulher, tem renda de R$ 2.000 mensais.
Planejamento é a chave do consumo nesse segmento. "A pessoa se organiza porque quer viajar, quer fazer faculdade. E, uma vez que ela experimentou ter o que gastar, não vai deixar voar o dinheiro", diz Thomaz Meira, diretor da Novo Conceito, que trabalha no recrutamento para pesquisa de mercado.
Cartão de giroO dinheiro de plástico é o passaporte para o grupo consumir. Pesquisa da Data Popular aponta que 69% dos cartões de crédito estão nas mãos das classes C, D e E. "Para a classe A, o cartão é só um meio de pagamento. Para a de baixa renda, significa capital de giro", explica Renato.
Foi com o cartão que a empregada doméstica Maria Candeia Souza, 37 -salário de R$ 800 que se soma aos R$ 1.200 do marido pedreiro- pagou a primeira viagem de avião, há dois anos, para visitar parentes na Bahia.
Maria contabiliza seis voos na companhia da filha, Ana Caroline, 12, já familiarizada com os procedimentos de check-in. A primeira vez da dupla foi cheia de novidades. "Cheguei ao aeroporto e achei que ia dar de cara com o avião", se diverte Maria. "Pensei que era igual rodoviária."
Para ajudar essa parcela da população a enfrentar situações como essa, surgiu até um manual de etiqueta voltado para os novos consumidores. Os consultores Renato Meirelles e Ricardo Sodré escreveram o livro "Um Jeito Fácil de Levar a Vida" (ed. Saraiva, 144 págs., R$ 14,90) para orientar a galera da classe C que antes não frequentava aeroporto, hotel e teatro, por exemplo.
Os autores foram até a periferia descobrir as principais dúvidas dos "novos emergentes". Entre outras dicas, ensinam a usar o cartão magnético que funciona como chave em hotéis, explica qual é a função de um sommelier em um restaurante e esclarece qual é a roupa adequada para usar na academia.
Tudo combinadinhoA supervisora de recrutamento Danielle Reis, 24, dispensa dicas de moda. E não poupa para manter o seu estilo. Gasta mais da metade do salário em roupas. "A classe C gosta de referências próprias", diz Rita Almeida, diretora da CO.R Inovação.
Chique é usar bolsa, cinto e sapato da mesma cor, ainda que os fashionistas torçam o nariz. "Se eu estiver com uma blusa verde, é certo que estarei de sapato verde", afirma Danielle, que compra em lojas como Planet Girls, Besni e C&A. "Combinar é a segurança de que você não está errado", explica Rita.
As tops magérrimas não são modelo para a compradora da classe C. "Gosto de roupa justa, decotada e de saias bem curtas", diz Danielle, 1,68m e 53kg, cujo referencial de beleza é a dançarina Scheila Carvalho.
Não é um público que vai atrás de tendências na São Paulo Fashion Week, o principal evento de moda do país. O foco são desfiles estrelados por atores globais e ex- participantes do "Big Brother Brasil", com seus corpos malhados. Mais um sinal de que, no reality show da classe C, não valem as regras da madame.

Matéria publicada na Revista Folha - 31/5/09

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mundo Marketing

Pessoal,
Sugiro a assinatura do News do Mundo Marketing para acompanhamento de tendências de consumo. Creio que irão gostar.


newsletter@mundodomarketing.com.br

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Fronteiras entre Artes, Tecnologias e Entretenimento

Galera,

Um video sobre digital art, trash art e device art pra vcs darem uma olhada. O vídeo exibido foi antes da palestra do CECC com Machiko Kusahara. Quem quiser ver mais clica aqui.



abrá!

Próximo Encontro

Pessoal,
Nosso próximo encontro está agendado para dia 12/05. Texto Observatório de Sinais.

Aproveito para indicar uma sugestão de leitura do texto disponível no laboratório Obercom sobre TV digital e consumo. Segue site: http://www.obercom.pt/client/?newsId=548&fileName=fr3_sr_2008.pdf

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vale a pena Conferir no Blog do Observatório de Imprensa

A pesquisa "Consumo em Tempos de Crise", realizada pelo Observatório de Sinais, está em destaque hoje, 27/04, no jornal Valor Econômico. Seguem anexos dois arquivos pdf com o artigo, para seu conhecimento, lembrando que esse estudo, complementado por outros procedimentos de pesquisa, resultou no Trends Pack Especial: Reduzindo Riscos Mapa de Navegação Para a Crise, com 8 novas tendências idealizadas especificamente para ajudar as empresas a atravessar o atual momento de turbulências e, ao mesmo tempo, projetar o futuro próximo de negócios, marcas, produtos e serviços.

Atenciosamente,

Myris VerardiAssessoriaObservatório de SinaisTel/Fax 11 5594-3628www.observatoriodesinais.com.brhttp://blog.observatoriodesinais.com.br

domingo, 26 de abril de 2009

Próximo encontro

Galera,

Terça agora, dia 28 de abril, tem encontro dos dois grupos.
Todos lá.

Abraço.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Compulsão de compras

COMPULSÃO É TEMA DE PESQUISA NA USCS
Viciados em compra, sexo, internet e comida são ouvidos por jornalistas

Pesquisa acadêmica realizada pela USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul - que teve como produto final um documentário para rádio - mostrou um pouco do cotidiano de pessoas que apresentam algum tipo de compulsão. Os jornalistas Aline Amaral, Bruno Araújo, Carla Itália, Daniel Ghigiarelli, Fabíola Primilla, Fernanda Teixeira, Maria Fernanda Espinosa e Vinícius Vicente são os responsáveis pelo trabalho intitulado “Repetição Doentia” que entrevistou profissionais de saúde e pacientes com variações desse tipo de distúrbio.
O estudo permitiu aos pesquisadores manter contato com instituições de renome que lidam com o assunto compulsão, entre elas o Programa de Orientação e Apoio à Dependentes (PROAD) e o Programa de Orientação e Assistência aos Transtornos Alimentares (PROATA), ambos ligados à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); o Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (PROTOC), o Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulin) e o Ambulatório de Ansiedade da Infância e na Adolescência (Ambulansia), todos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo.
A compulsão designa distúrbios como a repetida vontade de fazer compras ou de praticar sexo, por exemplo, e a característica básica dessa doença é a pressão interna, que faz com que o paciente se sinta atraído por um desejo de realizar uma ação que inicialmente gera prazer, mas depois provoca forte sentimento de culpa, podendo causar a depressão.
De acordo com os pesquisadores da USCS, só na cidade de São Paulo – onde o estudo foi feito – há mais de 200 grupos de ajuda, como os Jogadores Anônimos (JA), Comedores Compulsivos Anônimos (CCA), Devedores Anônimos, Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA), entre outros. A pesquisa focou os grupos que tratavam de apenas alguns transtornos, entrevistando diversos personagens, sendo quatro com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), cinco com compulsão alimentar, seis que praticavam sexo compulsivo, seis com compulsão para jogos, cinco para internet e seis para as compras (oneomania).
Para conhecer um pouco de cada doença abordada, vários especialistas foram consultados, entre eles Regina Wielenska – terapeuta analítica comportamental da Associação de Portadores de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo; Juliana Bizeto e Dartiu Xavier da Silveira, ambos psiquiatras do PROAD e Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do projeto Sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP).
Para o jornalista Daniel Ghigiarelli, a pesquisa foi um aprendizado não só sobre o tema, mas também o lidar com os portadores dessas patologias. “As pessoas compulsivas são tímidas, sofridas. Ninguém gosta de contar seus problemas para desconhecidos. Tentei não me envolver com seus problemas, seus lamentos, mas a cada entrevista era um novo peso de tentar realizar um trabalho digno, para defender essas pessoas que relataram suas vidas sofridas para mim, confiando no meu ideal”, observa Ghigiarelli.
O rádio-documentário fruto da pesquisa do grupo orientado pelo professor Roberto Araújo está disponível para consulta no campus I da USCS (av. Goiás, 3.400 – São Caetano do Sul).

Contato com os autores:
e-mail: danielghigi@gmail.com

terça-feira, 31 de março de 2009

PESQUISA OBSERVATÓRIO DE SINAIS - pesquisa "Consumo em Tempos de Crise",


PESQUISA SOCIAL ODES 2009
CONSUMO
EM TEMPOS DE
CRISE
Resumo dos Resultados
© Observatório de Sinais, 2009
Sobre a pesquisa
A pesquisa ODES “Consumo em Tempos de Crise” teve tres etapas: uma pesquisa realizada com parte do cadastro do Observatório de Sinais; entrevistas em profundidade e analise comportamental; e uma pesquisa especifica de sinais socioculturais e de diversos setores do mercado.
Com essas acoes, o Observatório de Sinais pode estruturar um estudo mais amplo, que resultou no pacote de tendencias edicao especial TRENDS PACK: REDUZINDO RISCOS / MAPA DE NAVEGAÇÃO PARA A CRISE, especificamente idealizado para ajudar as empresas e instituicoes a navegar
na crise, sem correr grandes riscos e preparando-se para a retomada.
Informacoes sobre esse Trends Pack especial podem ser obtidas pelo telefone
(11) 5594-3628.

O que voce vai ler agora e um resumo dos principais dados da primeira etapa: a pesquisa com 514 cadastrados que responderam a um questionario enviado por e-mail, entre os dias 10 e 20 de fevereiro de 2009. O universo de pesquisados responde aos objetivos que o Observatório de Sinais tracou
para esta etapa da pesquisa, e o seu perfil pode ser assim resumido:
 514 respondentes
 54% sao mulheres
 46% sao homens
 Classes A e B
 Formacao superior
 Economicamente ativos
 56% tem entre 18 e 34 anos
 44% tem entre 35 e 64 anos
 75% moram nos estados de Sao Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Parana, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Principais resultados
● 23% dos pesquisados dizem estar totalmente satisfeitos com sua vida,percentual que sobre a 89% somando-se as respostas parcialmente positivas. O grupo menos satisfeito e o das mulheres de 35 a 49 anos: apenas 20% se disseram totalmente satisfeitas.
● No computo geral, 76% concordam, em todo ou em parte, que haja uma correlacao entre satisfacao pessoal e consumo, ou seja, 24% negam, total ou parcialmente, essa ideia.
● Quando relacionamos o ato de comprar a uma das principais formas de lazer, 27% discordam totalmente dessa proposicao, e 41% discordam parcialmente.2
● A aceitacao da proposicao cai com o aumento da idade, fenomeno que ocorre entre os homens tambem.
● 100% das pessoas prognosticam alguma melhora na vida para daqui a um ano. Quando se trata de falar sobre o futuro mais distante, esse indice e menor: 30% tem certeza absoluta e 59% concordam mais do que discordam (somando 89%) de que estamos indo em direcao a um futuro melhor.
● Na hora de refletir e se posicionar sobre a etica capitalista, o resultado e um verdadeiro racha, quase um empate: 49% concordam total ou parcialmente que o acumulo continuo de bens e mercadorias ao longo da vida nao prejudica ninguem, e 51% discordam total ou parcialmente.
● Apenas 16% nao transigem e discordam totalmente que “nao sendo contra a lei, vale tudo para ganhar dinheiro”, percentual que sobe a 19% entre as mulheres e cai a 13% entre os homens. Somando-se a discordancia parcial, chega-se a 46% dos respondentes, ainda assim aquem da maioria.
● Nesse caso, ao contrario do ponto anterior, ha um contraste entre a posicao de homens e mulheres: no geral, os homens sao bem mais numerosos na aprovacao da assertiva – 62% contra 46% das mulheres.
● Com relacao ao consumismo, embora a maioria (57%) concorde em todo ou em parte que ele e parte da crise, e preciso olhar a outra ponta, pois, na media, cerca de um quarto dos respondentes (27%) nao concordam, em todo ou em parte, com essa correlacao.
● Ja com relacao a ganancia, a grande maioria, 88% a identificam como causa da crise.
● Quisemos saber como anda a avaliacao do individualismo entre os respondentes. Diante de uma proposicao sobre a autonomia do individuo em gerir a sua propria vida (o que pode ser considerado como uma definicao do proprio individualismo), 56% concordaram em todo ou em parte.
● Ao testar proposicoes sobre o individualismo em outro contexto – o das mudancas climaticas e a questao mais ampla da sustentabilidade -, esse individualismo manifesto e bastante matizado pelos pesquisados: sao 93% no geral a concordar em todo ou em parte com a ideia de que nossa vida no planeta esta interconectada com a de outros seres, irremediavelmente.
● A preocupacao com a sustentabilidade ja penetrou a tal ponto na visao de mundo dos pesquisados que eles ja sao 13% (homens e mulheres, todas as idades) a admitir terem seus habitos de consumo monitorados por terceiros em favor da preservacao do planeta. Alem disso, ha outros 25% de homens e 37% de mulheres que admitem discutir o assunto, somando 38% e 50%, respectivamente.
3
● Introduzindo a ideia de empoderamento do individuo – outro pilar do individualismo - a concordancia e macica: 88% dos respondentes estao de acordo com ela, em todo ou pelo menos em parte.
● Sobre o tema do poder de mudar o mundo, investigamos ate que ponto o fenomeno Obama e seu mantra “Yes we can” se fazem presentes na visao do mundo dos entrevistados. Apenas 18% dos pesquisados concordaram sem restricao. A maioria, 63%, ate concorda, mas com restricoes.
● Por outro lado, somente 15% sao capazes de identificar, na ultima decada e
em termos mundiais, outro fato politico comparavel a eleicao de Obama. Essa porcentagem dobra (31%) entre as mulheres e os homens mais velhos.
● Com relacao a afirmacao “o Brasil e um pais subdesenvolvido”, as posicoes sao bastante divididas: 51% do total discordam total ou parcialmente. Entre as mulheres, esse percentual sobre a 57%. Entre os homens, cai a 46%.
● Sobre a crise economica, 30% acreditam que ela trara mudancas efetivas e duradouras no estilo de vida das pessoas. Somando aos 42% que responderam concordar em parte, chega-se a 72% do total.
● Apenas 30% dos entrevistados nao relataram alguma mudanca de habito em funcao da crise. Dos 70% que relataram mudanca, as referencias mais frequentes (29%) foram em relacao a um consumo mais consciente.
● 80% dos respondentes declaram-se prontos a mudar de marca ou de loja, dando adeus a fidelidade, se encontrarem um preco mais baixo com qualidade similar, e 79% admitem estar fazendo mais pesquisa de precos para comprar, por causa da crise.
● Ainda com relacao a mudancas efetivas e duradouras, 91% dos respondentes concordam, em todo ou em parte, que a crise fara emergir um consumidor ainda mais exigente, ao qual o mercado tera de se adaptar.
● 98% concordam que “a crise favorece a criatividade”. Ja na hora de aplicar essa ideia abstrata ao concreto da vida cotidiana, as coisas mudam consideravelmente de figura: 67% concordam em todo ou em parte que a crise vai criar oportunidades em seus respectivos campos de trabalho.
● Os apelos do governo Lula pela manutencao dos niveis de consumo nao surtiram o efeito desejado, a julgar pelos resultados da pesquisa. 57% dos respondentes discordam em todo ou em parte que consumir mais seja uma forma de combater os efeitos da crise na economia.
● Privilegiar produtos brasileiros para ajudar o pais a sair da crise parece correto a 84% dos pesquisados, que concordaram em todo ou em parte com a proposicao.
4
● Quisemos conhecer o grau de expectativa dos respondentes com relacao ao tempo de duracao da crise no pais: 45% esperam que ela dure de 6 meses a 1 ano (a contar de fevereiro de 2009).
● E diante da afirmacao “o Brasil vai sair fortalecido da crise”, bastante repetida na midia ultimamente, apenas 14% concordam totalmente.
● Quando se trata de associar consumismo e aquecimento global, 89% admitem essa correlacao, se nao totalmente, ao menos em parte. Ainda assim, ha 13% de homens e 10% de mulheres, todas as idades confundidas, que discordam, total ou parcialmente, da proposicao.
● Apenas 24 pesquisados (menos de 5% do total) nao relataram nenhuma mudanca de habito por preocupacao com o futuro do planeta. Dos 95% que o fizeram, o recorde de citacoes e com relacao a agua (71%), seguida de perto pelo lixo (66%), depois pela eletricidade e a energia de modo amplo (42%).
● Em seguida, somando 32%, vem a expressao da preocupacao com empresas social e ecologicamente corretas (preferencia por produtos ecologicos, exigencia de certificacoes, preocupacao com origem, embalagens corretas e menos poluentes).
● No que se refere a origem dos produtos

sexta-feira, 27 de março de 2009

Site da Alana

Pessoal,
O site da Alana tem muitas pesquisas e artigos sobre consumo infantil. Acho que vale a pena um passeio. Coloquei nos links.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Estilos de vida

Boa noite

Estou postando aqui no blog um texto muito bacana utilizado pela professora Flavia Mayer nas aulas de Atendimento Publicitário sobre Estilos de vida, da Rita Amaral, antrópologa brasileira, pesquisadora-orientadora do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade São Paulo. Acho que este texto tem tudo a ver com nossos estudos. Clique aqui para fazer o download do texto
Abraço

terça-feira, 24 de março de 2009

Alterações no Blog

Galera,

Adicionei alguns gadgets no canto esquerdo ai do nosso blog.
Agora temos um mural para links interessantes. Outra novidade é o feed de RSS, com ele vocês conseguirão assinar o RSS e receber avisos sempre que alguma novidade surgir aqui no blog.

Abrá.

Encontro 24/03

Galera, só confirmando.

Vai rolar sim o encontro marcado na ultima reunião, tanto o da manhã quanto o da noite.
O foco do papo será o livro Sociedade de Consumo, da livia barbosa.

Abrá.

terça-feira, 17 de março de 2009

Antenadinho

Colegas,

acredito que muito do que iremos estudar em Comportamento de Consumo estará ligado ao fenômeno da moda.
Para aqueles que se interessam, o Portal UseFashion (http://www.usefashion.com.br) é uma boa pedida. O site disponibiliza resumos de pesquisas de tendências de estilo e comportamento. Infelizmente, grande parte do conteúdo é excluivo para assinantes. Mas isso não é motivo pra desânimo! Exemplares da versão impressa do site - UseFashion Journal - estão disponíveis na biblioteca da UVV.

Beijinhos
Raína

sábado, 14 de março de 2009

Revista Signo

Pessoal,
A revista Signos do Consumo, editada pelo pessoal da USP, é uma boa dica de leitura e acompanhamento das discussões sobre consumo.

Segue o endereço:
http://www.usp.br/signosdoconsumo/

Cristina

sexta-feira, 13 de março de 2009

post test

Então, o blog taí. Só precisamos agora alinhar as configurações para que todos possam usar essa ferramenta.

boa sorte pra gente.